A Ciência

Mais de duas décadas atrás, Frank H. Duffy, MD, professor e neuropediatra da Harvard Medical School, declarou no periódico Clinical Electroencephalography que a literatura científica já havia sugerido que o neurofeedback “…deveria desempenhar um papel terapêutico importante em muitas áreas desafiadoras. Em minha opinião, se qualquer medicação tivesse demonstrado tão amplo espectro de eficácia [quanto o faz o neurofeedback], esta medicação seria universalmente aceita e amplamente utilizada.” – Duffy, F. H. (2000). Editorial: The state of EEG biofeedback therapy (EEG operant conditioning) in 2000: An editor’s opinion. Clinical Electroencephalography, 31(1), v–viii.

Outra referência na área, Norman Doidge, professor de psiquiatria da Columbia University, em Nova York, Estados Unidos, mais recentemente, afirma, logo no primeiro parágrafo do Apêndice 3 de seu livro “O Cérebro que Cura” (Ed. Record, 2016), que:

 “O Neurofeedback foi reconhecido recentemente pela Academia Americana de Pediatria como tratamento tão eficaz quanto medicações para combater sintomas de TDA e TDAH. Raramente apresenta efeitos colaterais, pois é uma forma de treinamento cerebral. Também foi aprovado para tratamento de certos tipos de epilepsia, revelando-se eficaz em muitos outros distúrbios, entre eles certos tipos de ansiedade, estresse pós-traumático, distúrbios de aprendizado, lesões cerebrais, enxaquecas e sensibilidades que afetam o espectro autístico, mas não é mais reconhecido por ter sido introduzido pioneiramente antes de a neuroplasticidade ser amplamente compreendida.”

Dois legítimos representantes do mainstream no campo da Saúde Mental, integrantes de dois dos mais renomados centros de ensino e pesquisa no mundo, Harvard e Columbia, atestando a validade do Neurofeedback no tratamento de desordens mentais. 

E, junto a eles, um vasto volume de estudos científicos que vem sendo publicados, fornecendo ampla e sólida fundamentação científica ao campo do Neurofeedback, o que justifica seu substancial desenvolvimento, observado em anos recentes, como em poucas áreas do conhecimento se viu.

Abaixo, listamos alguns artigos publicados na área, por relevância ou para algumas das diferentes condições de desordens mentais que tratamos fazendo uso do Neurofeedback aqui na Brain Tech, como depressão, ansiedade, TDAH, ou autismo, por exemplo.

Basta clicar no título do artigo e você terá acesso ao PDF integral do estudo.

Importante: o PDF abrirá em outra aba de seu navegador. Assim, é necessário que ele esteja habilitado para isso.

Este booklet sobre Neurofeedback, escrito com a participação de alguns dos principais nomes do campo nos EUA, é extremamente completo e didático. Publicado pela Brain Futures, uma iniciativa editorial criada em 2015 pela segunda mais antiga organização de defesa da Saúde Mental dos EUA, a Mental Health Association of Maryland (MHAMD), é mais uma aula!

O título fala por si: a ciência do Neurofeedback. Mais um belo artigo científico de revisão da literatura, publicado por um dos periódicos científicos mais respeitados do mundo - a Nature - em que os autores descrevem o progresso que tem sido alcançado na compreensão dos mecanismos de reconfiguração da circuitaria cerebral subjacentes ao aprendizado neurológico que ocorre com o treinamento em Neurofeedback e suas aplicações clínicas no tratamento de desordens como TDAH. Vale a leitura!

Este artigo demonstra os efeitos de longo prazo (mais de 12 meses) do tratamento por Neurofeedback de crianças diagnosticadas com autismo, evidenciando a manutenção dos ganhos, em janelas temporais superiores a um ano, das melhorias observadas em funções executivas, habilidades sociais e teoria da mente, obtidas pelo maior grau de flexibilização funcional do cérebro, especificamente da Rede Neural em Modo Padrão (Default Mode Network) e do córtex prefrontal medial destas crianças.

Mas há muito mais!

Listagens bastante completas de estudos científicos publicados ao longo dos últimos anos sobre a validade, aplicabilidade, e a eficácia do Neurofeedback, são encontradas nos sites de duas das principais organizações deste campo de conhecimento, nos EUA, sendo que, no site da ISNR, estes estudos estão organizados por condição diagnóstica! 

Basta clicar no ícone da instituição, abaixo.

O Neurofeedback no mundo

Instituições científicas e governamentais que adotam ou reconhecem o Neurofeedback

1. Em Outubro de 2012, a American Academy of Pediatrics considerou o Neurofeedback como o tratamento disponível para Déficit de Atenção (DDA/DDAH) com mais alto nível de evidência científica.

2. Em 2009, o treinamento neurológico por Neurofeedback foi adotado pelo Departamento de Defesa (Department of Defense – DoD) dos Estados Unidos, no Warrior Resiliency and Recovery Center, na unidade militar de Fort Campbell, no estado do Kentucky, como parte integrante de um programa-padrão de reabilitação de soldados com sequelas neurológicas e psicológicas oriundas da ação no campo de combate, o que envolve, aproximadamente, mil soldados por ano.